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Servir, curar e salvar

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Os quatro evangelhos contêm um total de 3.779 versos, dos quais 727 fazem referência a curas nos âmbitos físico, emocional e espiritual. A ação mais frequente de Jesus foi a de curar. Ele nunca Se limitou a cuidar apenas do corpo, mas tinha uma perspectiva de saúde integral. Durante o comissionamento dos setenta, Cristo instruiu Seus discípulos da seguinte maneira: “Curem os doentes que nela houver e digam ao povo dali: ‘O Reino de Deus se aproximou de vocês’” (Lc 10:9). Devemos nos envolver na obra médico-missionária:

1. Restaurando a saúde: Somos instrumentos do Criador para promover restauração e bem-estar. “‘Porque restaurarei a sua saúde e curarei as suas feridas’, diz o Senhor” (Jr 30:17).

2. Tratando dos feridos: “Ele sara os que têm o coração quebrantado e trata das feridas deles” (Sl 147:3). Não nos concentramos apenas na cura física, mas também nos preocupamos com a saúde emocional e espiritual das pessoas. Nosso trabalho consiste em curar as feridas do corpo e do coração.

3. Curando os enfermos: Jesus comissionou Seus discípulos para pregar o Reino de Deus e curar os enfermos (Lc 9:2). Fomos capacitados com habilidades e conhecimentos para combater doenças e levar esperança. Devemos usar nossas aptidões com humildade e responsabilidade.

4. Perseverando na missão: “Então a luz de vocês romperá como a luz do alvorecer, e a sua cura brotará sem demora” (Is 58:8). Nosso compromisso com a saúde e o bem-estar das pessoas oferece uma oportunidade de salvação.

5. Seguindo o Modelo: “A obra médico-missionária é o braço do corpo, […] e Deus deseja que mostremos decidido interesse nesta obra” (Ellen G. White, Medicina e Salvação [CPB, 2017], p. 237).

O doutor Dorival Duarte conheceu Cláudia há quase 12 anos, quando o esposo dela, Maurício, enfrentava um quadro infeccioso complexo. Foram várias internações no Hospital Adventista de São Paulo, até que seu quadro evoluiu para insuficiência renal crônica e exigiu sessões regulares de hemodiálise. Cláudia permanecia sempre nas dependências do hospital, saindo apenas por alguns minutos para fumar, vício que a acompanhava por décadas.

Os funcionários do hospital os cercaram com profissionalismo e amor, e isso cativou ambos.
Há dez anos, porém, a situação se complicou, e Maurício faleceu. O doutor Dorival tentou manter contato com Cláudia, convidando-a para ir à igreja, visitar sua casa e enviando-lhe vídeos e algumas músicas do quarteto Arautos do Rei e do grupo Prisma. O pastor Jean Matias, capelão do hospital, ministrou-lhe estudos bíblicos e a acompanhou em seu crescimento espiritual.

A história de Cláudia foi contada no último dia 8 de setembro, durante o 5º Congresso de Médicos Adventistas de dedicação exclusiva da Divisão Sul-Americana. A surpresa, porém, ocorreu quando ela foi ao palco pronta para ser batizada. Mas onde o batismo ocorreria? No cenário do evento não havia nada além de um leito de UTI, um monitor e um respirador. Então, retiraram o lençol da cama e revelaram um tanque batismal. E ali, naquele momento, Cláudia foi batizada pelo doutor Dorival, enquanto o grupo Prisma cantava a música “Meu Lar”.

Expressamos nossa sincera gratidão por esses dedicados profissionais. Os médicos adventistas são guardiões da esperança, portadores de uma responsabilidade sagrada, pois se dedicam a servir, curar e salvar vidas. Que o exemplo deles também nos inspire a dedicar tempo à restauração integral das pessoas.

STANLEY ARCO é presidente da Igreja Adventista para a América do Sul

(Texto publicado na seção Bússola da Revista Adventista de novembro/2023)

Última atualização em 9 de novembro de 2023 por Márcio Tonetti.

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